Para quem não conhece a história, em 1965, o então presidente da Intel, Gordon E. Moore calculou que a cada 18 meses, a tecnologia empregada no hardaware dobraria de capacidade, ao mesmo custo para o consumidor. HD´s, Processadores, memórias e velocidade dos gravadores de CD passaram a ser o objetivo das fabricantes. Quanto mais rápido melhor e conseguiam acompanhar a profecia.
Vou exemplificar melhor aqui que a Lei está defasada, como base o meu querido Processador:
Core2Quad Q6600 com 2.4 Ghz e 4Mb de Memória Cache. Quando comprei, perdia somente para os mesmo processador(Q6700), mas com 2,66Ghz e para os Extreme Edition (que não iremos comparar, por enquanto) da própria fabricante.
Hoje, dois anos depois, quem manda é o Core i7-950: Com Cache dobrado (8Mb) e míseros 3.066 GHhz! (quem desdenha, quer comprar, claro). Caracas, não dobrou? Não deveria estar "pelo menos" 4.8 Ghz 16V???.
Pois é. Neste quesito, a Lei está defasada. Agora os que ainda sustentam a Lei são:
- Os nanómetros: quanto menos nanómetros, mais rápidos e menos energia. O meu tem 65 nm, Já tem o de 45nm, estão fabricando o de 32 nm e estão estudando o de 22 nanometros. Se depender da Lei de Moore, chegaremos aos picómetros (1nm dividido por 1000 - não é palavrão hein!);
- As novas tecnologias empregadas, como Arquiterura de 64 bits, Virtualização, Turbo Boost, Enhanced SpeedStep entre outras (estas é que ajudaram bastante a fazera diferença).
O que mudou? os circuitos (barramentos). Encontramos facilmente slots de memórias com1600mhz em placas-mãe e o recurso DUAL Channel fez com que usássemos até três memórias funcionando simultâneamente.
Perceceram? todos os componentes estão chegando no máximo de suas capacidades, e o que anda salvando a pele dos fabricantes é a expansão para os lados. Aumentaram a quantidade dos núcleos dos processadores, mas não o clock, aumentaram a quantidade de canais e barramentos das memórias, mas não o chip da RAM, aumentaram a capacidade dos HD´s, mas não saem dos 7200 RPM, então inventaram a função RAID para aumentar a banda e por aí vai...
Acredito que isto foi o que incentivou alguns gamers a começarem a manipular a energia e barramentos dos componentes, conhecido como overclock, para aumentar o poder de processamento gráfico e desempenho. Até as fabricantes estão disponibilizando programas para regular o overclock, coisa que tempos atrás era contra-indicado para não fritar os chips.
Quanto ao processamento gráfico, "aí sim, fomos surpreendidos novamente!". Este sim está dando saltos incríveis (e os preços acompanham). O conjunto memória/bits aumenta a cada dia, e olha que estão nos 55 nm! imaginem nos 22nm. Três anos atrás, quando comprei a minha ATI/Powercolor (não lembro o modelo) de 128 bits e 128Mb de memória, nunca imaginei que chegasse nos 512bits e 2GB Ram de hoje. Incrível como as placas gráficas ganharam dependência (parecem uma cidade, estão quase do tamanho da placa mãe) e capacidade.
Os únicos que ainda estão com força total são as placas gráficas e os HD´s SSD, e a porta USB, que ainda tem um vasto caminho a ser explorado. O resto, sei não...
Pois é, Espero que surja outro profeta e diga que o PC ligará quem nem a TV, e que os programas serão abertos como trocar de canal, rápido e rasteiro...